Enquanto oficiais de justiça observam já uma greve, o Sindicato da Administração Pública, Saúde e Serviços avisa que o Governo angolano tem até o dia 11 de Junho para evitar paralisações nutros sectores.
Your browser doesn’t support HTML5
A prevalecer o silêncio das autoridades em relação ao caderno reivindicativo entregue no passado mês de Fevereiro, governos provinciais, administrações municipais, cemitérios e ministérios vão observar uma greve por tempo indeterminado.
Ao abrigo da legislação, a greve até pode ser convocada antes, mas os sindicalistas preferem alargar o prazo para um pronunciamento do Governo angolano, que tem em mãos um caderno com seis reivindicações.
No rescaldo de uma reunião que juntou em Benguela a direcção nacional do Sindicato da Administração Pública, Saúde e Serviços, o jurista Custódio Cupessala, diz que os funcionários andam irritados.
‘’Entregámos o caderno a 7 de Fevereiro e só 20 dias depois ou mais é que fomos chamados”, disse.
Estávamos à espera de algo para os funcionários e isso irritou bastante”, disse Cupessala para quem a “moratória” dada pelo sindicados é um sinal de “boa fé, (pois) podíamos decretar greve em cinco dias’’,.
O secretário-geral na província de Benguela diz que os sindicatos exigem políticas económicas que promovam a redução das assimetrias salariais na função pública ‘’não só como uma questão de justiça social, mas um modelo de desenvolvimento que satisfaça e tenha em conta os anseios de todos os trabalhadores”.
“Neste momento em Angola, cada sector tem a sua tabela salarial. A greve é para todos do regime geral, a saúde, os cemitérios, governos provinciais, administrações municipais, antigos combatentes, reinserção social, enfim, quase todos os serviços’’, avisou o sindicalista.
As autoridades ainda não reagiram a esta ameaça de greve.