Sindicato ameaça paralisar toda a administração pública de Angola

Sede da administração da cidade de Benguela

Pré-aviso de greve foi entregue em Fevereiro e prazo termina no dia 11

Enquanto oficiais de justiça observam já uma greve, o Sindicato da Administração Pública, Saúde e Serviços avisa que o Governo angolano tem até o dia 11 de Junho para evitar paralisações nutros sectores.

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Funcionários publicos angolanos ameaçam greve - 1:32

A prevalecer o silêncio das autoridades em relação ao caderno reivindicativo entregue no passado mês de Fevereiro, governos provinciais, administrações municipais, cemitérios e ministérios vão observar uma greve por tempo indeterminado.

Ao abrigo da legislação, a greve até pode ser convocada antes, mas os sindicalistas preferem alargar o prazo para um pronunciamento do Governo angolano, que tem em mãos um caderno com seis reivindicações.

No rescaldo de uma reunião que juntou em Benguela a direcção nacional do Sindicato da Administração Pública, Saúde e Serviços, o jurista Custódio Cupessala, diz que os funcionários andam irritados.

‘’Entregámos o caderno a 7 de Fevereiro e só 20 dias depois ou mais é que fomos chamados”, disse.

Estávamos à espera de algo para os funcionários e isso irritou bastante”, disse Cupessala para quem a “moratória” dada pelo sindicados é um sinal de “boa fé, (pois) podíamos decretar greve em cinco dias’’,.

O secretário-geral na província de Benguela diz que os sindicatos exigem políticas económicas que promovam a redução das assimetrias salariais na função pública ’não só como uma questão de justiça social, mas um modelo de desenvolvimento que satisfaça e tenha em conta os anseios de todos os trabalhadores”.

“Neste momento em Angola, cada sector tem a sua tabela salarial. A greve é para todos do regime geral, a saúde, os cemitérios, governos provinciais, administrações municipais, antigos combatentes, reinserção social, enfim, quase todos os serviços’’, avisou o sindicalista.

As autoridades ainda não reagiram a esta ameaça de greve.