Com eleições marcadas para meados do próximo mês, os jornalistas serraleoneses dizem os desafios persistem e que a liberdade de imprensa ainda não está assegurada
A Serra Leoa vai realizar proximamente eleições presidenciais e parlamentares, o que poderá aumentar os desafios para os jornalistas locais.
Emeric Roy Coker é jornalista e locutor na Universal Rádio de Freetown – capital da Serra Leoa – e diz que existem muitas barreiras para o exercício da profissão, especialmente quando se trata de temas que ainda são tabus para a sociedade.
Coker realizou algumas reportagens no início do ano sobre a promoção dos direitos dos homossexuais e diz que recebeu ameaças anónimas através de SMS e de recados deixados no seu telefone.
“Esse é um grande problema na Serra Leoa, algumas pessoas acreditam que não faz parte da nossa cultura, que é uma prática do Ocidente, e não devemos dar vozes aos que defendem o direito dos homossexuais.”
Coker adianta que é um apaixonado por reportagens sobre questões humanas de fundo. E com as eleições de 17 de Novembro vai tentar colocar de novo os direitos dos homossexuais na sua agenda de coberturas.
“Nas eleições anteriores, jornalistas foram espancados, houve outros que perderam os seus materiais de trabalho, e até hoje não foram indemnizados.”
Desafios ainda maiores, enfrentam as mulheres jornalistas na Serra Leoa. Martha Kargbo é uma delas e trabalha como produtora, repórter e locutora na Premier Tok Radio, também em Freetown.
“Não há lei de liberdade de informação aqui, a imprensa continua a ser assediada. Os políticos ainda continuam a tentar subornar a imprensa, corrompe-la, e aqueles que recusarem, enfrentam várias barreiras, como rejeição de pedidos de entrevistas, e há também ameaças de segurança. É muito difícil trabalhar num país como a Serra Leoa.”
A jornalista tem também receios sobre a sua segurança durante as próximas eleições.
“Não estou nervosa mas estou preocupada. Eu trabalho até 9,10, 11 horas da noite, e ainda de deixar a redacção, procuro conferir se tudo a volta está bem e se não há ameaças, e não vou directo para a minha casa. Faço várias paragens ao longo do percurso de forma a assegurar que ninguém me esteja seguindo ou a tentar saber para onde vou.”
A questão da segurança de jornalistas na Serra Leoa, já é do conhecimento da Comissão Independente dos Medias, que supervisiona e regula a imprensa no país. O seu presidente, Mac Johnson disse que já contactou a polícia acerca do facto dos jornalistas estarem a ser tidos como alvos de ataques por pessoas ou grupos de interesses que não se sentirem a vontade com os seus trabalhos.
Emeric Roy Coker é jornalista e locutor na Universal Rádio de Freetown – capital da Serra Leoa – e diz que existem muitas barreiras para o exercício da profissão, especialmente quando se trata de temas que ainda são tabus para a sociedade.
Coker realizou algumas reportagens no início do ano sobre a promoção dos direitos dos homossexuais e diz que recebeu ameaças anónimas através de SMS e de recados deixados no seu telefone.
“Esse é um grande problema na Serra Leoa, algumas pessoas acreditam que não faz parte da nossa cultura, que é uma prática do Ocidente, e não devemos dar vozes aos que defendem o direito dos homossexuais.”
Coker adianta que é um apaixonado por reportagens sobre questões humanas de fundo. E com as eleições de 17 de Novembro vai tentar colocar de novo os direitos dos homossexuais na sua agenda de coberturas.
“Nas eleições anteriores, jornalistas foram espancados, houve outros que perderam os seus materiais de trabalho, e até hoje não foram indemnizados.”
Desafios ainda maiores, enfrentam as mulheres jornalistas na Serra Leoa. Martha Kargbo é uma delas e trabalha como produtora, repórter e locutora na Premier Tok Radio, também em Freetown.
“Não há lei de liberdade de informação aqui, a imprensa continua a ser assediada. Os políticos ainda continuam a tentar subornar a imprensa, corrompe-la, e aqueles que recusarem, enfrentam várias barreiras, como rejeição de pedidos de entrevistas, e há também ameaças de segurança. É muito difícil trabalhar num país como a Serra Leoa.”
A jornalista tem também receios sobre a sua segurança durante as próximas eleições.
“Não estou nervosa mas estou preocupada. Eu trabalho até 9,10, 11 horas da noite, e ainda de deixar a redacção, procuro conferir se tudo a volta está bem e se não há ameaças, e não vou directo para a minha casa. Faço várias paragens ao longo do percurso de forma a assegurar que ninguém me esteja seguindo ou a tentar saber para onde vou.”
A questão da segurança de jornalistas na Serra Leoa, já é do conhecimento da Comissão Independente dos Medias, que supervisiona e regula a imprensa no país. O seu presidente, Mac Johnson disse que já contactou a polícia acerca do facto dos jornalistas estarem a ser tidos como alvos de ataques por pessoas ou grupos de interesses que não se sentirem a vontade com os seus trabalhos.