Moçambique é o país de língua portuguesa com mais pessoas a viver com o virus HIV e também é onde se registaram mais infecções em 2015.
Estudo publicado nesta terça-feira pela revista Lancet HIV, lançada por ocasião da Conferência Internacional sobre Sida que decorre na cidade sul-africana de Durban, indica que 2,8 milhões de pessoas vivem actualmente com o virus nos nove países da CPLP, das quais 1,833 em Moçambique.
O país, que integra o grupo dos 10 mais afectados pela endemia, registou a morte de cerca de 70 mil pessoas, apesar de 30,66% dos pacientes receberem terapias antirretrovirais, uma taxa ainda abaixo da média da região em que se insere (42,82%).
O Brasil é o segundo lusófono com mais pessoas a viver com a doença (554,84 mil) e com mais novas infecções em 2015 (33,76 mil), tendo registado nesse ano 21,05 mil mortes associadas ao HIV.
Em Angola, quase 286 mil pessoas vivem actualmente com o vírus, que infectou 22,35 mil novas pessoas no ano passado e matou outras 11,10 mil.
Entre os países pequenos, a Guiné-Bissau possui cerca de 41 mil doentes, com 1.910 novos casos 1 1.760 mortes em 2015,
Mais de 24 mil pessoas vivem actualmente com o HIV na Guiné Equatorial, onde em 2015 surgiram cerca de 630 novas infecções e cerca de 810 pessoas perderam a vida.
Cabo Verde registou 320 casos e morreram 100 pessoas, num universo de 3.830 pacientes com o vírus
Em São Tomé e Príncipe, há cerca de 30 pessoas infectadas com o HIV, 54,78% das quais recebem terapias antirretrovirais.