O secretário-geral da ONU revelou estar preocupado com a situação na Guiné-Bissau e pediu a renovação do mandato da missão da organização no país (Uniogbis).
No relatório apresentado ontem ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, Ban Ki-moon aponta o dedo à “crise no principal partido político, PAIGC, e na liderança política da Guiné-Bissau” que, para ele “tem impedido o país de avançar com a sua agenda nacional de reforma durante mais de seis meses”.
Por isso, o secretário-geral apela "aos líderes da Guiné-Bissau, incluindo o seu Presidente, primeiro-ministro e líder do parlamento, que cumpram o compromisso de trazer estabilidade política no melhor interesse da nação."
“A estagnação põe em risco as perspetivas brilhantes para o país que existiam depois da reunião de parceiros que aconteceu em Março" de 2014, escreve o secretário-geral da ONU, destacando que “neste contexto, é o povo da Guiné-Bissau quem ainda não teve oportunidade de beneficiar das vantagens prometidas pelo seu Governo democraticamente eleito",
O relatório de 18 páginas será apresentado aos membros do Conselho de Segurança pelo representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau Miguel Trovoada nesta quarta-feira.
O Conselho deverá renovar o mandato da Uniogbis por mais um ano porque, como diz o relatório, “muito trabalho continua por fazer, inclusive no apoio a uma solução sustentável para a continua crise política”.