Cerca de sete mil pessoas vivem em situação de fome extrema no município dos Gambos no sul da Huíla e a situação parece tender a agravar-se e a atingir cada vez mais famílias, de acordo com fontes da Voz da América.
Your browser doesn’t support HTML5
O soba Fernando Mutihanacho, da localidade da Taca, uma das mais atingidas pela fome, diz mesmo que o quadro é dramático e as pequenas ajudas que vão surgindo daqui e dacolá, se mostram ineficazes, sobretudo entre as famílias numerosas.
Ao fim de mais uma época agrícola as poucas e tardias chuvas tramaram as previsões de uma boa safra.
O administrador municipal dos Gambos, Elias Sova, defende a máxima segundo a qual para grandes males, grandes soluções.
Por isso, diz apoiar projectos estruturantes para o cíclico problema da falta de água na região.
“A disponibilidade da água coloca-se como um desafio agora ao Executivo, então temos que pensar já em barragens e não fazer aqui uma chimpaca, porque sabe que a fonte de alimentação da chimpaca é a própria chuva. Nós defendemos barragens e pontos de água”, pediu Sova.
Nos Gambos esteve também o ministro da Assistência e Reinserção Social, Gonçalves Muandumba, que sem apontar soluções, defende medidas mais definitivas para a seca no sul de Angola.
O clima de seca como consequência das alterações climáticas afecta importantes zonas das províncias do Namibe, Cunene e Huíla.