“Relatório 10”, é o título do mais recente semanário angolano, que tem como objectivo dar voz aos sem voz e reportar as vicissitudes porque passam os angolanos.
O processo de lançamento foi doloroso e o director do novo meio de comunicação acusa os serviços secretos de tudo terem feito para impedir a comercialização do Jornal.
“Zé Dú fora e depois?”, foi a manchete da primeira edição do semanário que veio a público no passado dia 17 de Outubro, que privilegia questões sociais e políticas do país e que é distribuído em todo o país.
Depois de dois anos, o Governo autorizou finalmente a publicação e distribuição do semanário que, de acordo com o seu director, Fridolim Kamolakamwe, sofreu um boicote nas vendas do primeiro número.
“Cometemos o erro de dar a alguém que não conhecíamos e o individuo foi pago para reter os jornais”, reconheceu Kamolakamwe garantindo, no entanto, que o jornal pretende dar voz e vez aos que não têm, retratando a face de Angola, ao "narrar os mais diversos problemas da sociedade”.
O quadro da imprensa no país foi caracterizado pelo Misa-Angola como sem concorrência, onde há falta de legislação, interferência no exercício da profissão e insegurança dos profissionais.
Nos seus últimos relatórios, a Freedom House considera Angola um país não livre em matéria de imprensa