O livro “é na África mesmo, pisando com os dois pés. É dentro do país (Angola)”, diz o escritor e jornalista brasileiro Sérgio Túlio Caldas, que não esconde a paixão por aquela terra.
Túlio, que publica o livro depois de ter vivido em Angola, diz que procura apresentar uma perspectiva mais realística do país.
O livro é “totalmente diferente do olhar do turista. Há uma grande diferença entre turistas e viajantes. Eu considero-me um viajante (...) mostro uma África urbana, em ebulição, em busca de um caminho, apesar das dificuldades”.
“Qualquer país que eu chego, quero conhecer as pessoas, aprofundar a cultura local (…) e não levar nenhum tipo de preconceitos”, diz Caldas.
A gente estuda muito sobre a escravidão, mas África vai muito além muito disso, não pode ser reduzida...Sérgio Túlio Calda
O também realizador de televisão sublinha ser importante “chegar a um país e não tecer comparações, compreender as pessoas do jeito que vivem”.
Com o seu livro, Caldas espera conseguir mostrar uma imagem não estereotipada, poís “aqui no Brasil o nosso conhecimento sobre africa é muito limitado e limitante.”
“A gente estuda muito sobre a escravidão, mas África vai muito além muito disso, não pode ser reduzida,” conta.
Mas essa paixão pela terra não o impede de assinalar alguns aspectos negativos.
“Angola é um país que não é totalmente aberto (…) é um país muito rico em petróleo e diamantes, mas ao mesmo tempo que tem esses recursos a distribuição de renda é desigual”, diz.
Acompanhe a entrevista:
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