A senadora republicana Katie Britt afirmou que o sonho americano transformou-se num pesadelo para muitas famílias, que a esquerda mimou os criminosos e que o mundo livre merece um líder que não seja nem vacilante nem esteja diminuído.
Britt reagiu assim na tradicional réplica do seu partido após o discurso sobre o estado da União, proferido na noite desta quinta-feira, 7, pelo Presidente Joe Biden.
“A América merece líderes que reconheçam que fronteiras seguras, preços estáveis, ruas seguras e uma defesa forte são, na verdade, os pilares de uma grande nação”, afirmou a senadora pelo Estado do Alabama, que usou sua experiência pessoal como exemplo para aqueles que o sonho americano "transformou-se num pesadelo".
"Meu sonho americano permitiu que eu, filha de dois pequenos empresários de uma área rural do Alabama, fosse eleita para o Senado dos Estados Unidos aos 40 anos", disse, acrescentando que "o país que conhecemos e amamos parece estar a desaparecer e parece que a próxima geração terá menos oportunidades e menos liberdades do que nós”.
Para Britt, "as nossas famílias estão a sofrer" mas "o nosso país pode fazer melhor".
No seu discurso televisivo minutos depois do do Presidente Biden, ela pediu aos americanos que refleitam sobre os últimos três anos de mandato de Biden.
"Basta perguntar a vocês mesmos: vocês estão melhor agora do que há três anos?", perguntou a senadora, quem respondeu não haver "dúvidas de que estamos numa encruzilhada e não precisa ser assim".
"Vergonha", a política da migração
A senadora Katie Britt chamou de “vergonha” e “sem sentido” a política da migração do Presidente e disse que o país vive uma crise "desprezível".
"De envenenamentos por fentanil a assassinatos horríveis, há cadeiras vazias esta noite em mesas de cozinha como esta", afirmou ao falar da cozinha da sua casa.
A senadora mencionou Laken Riley, uma estudante de enfermagem de 22 anos que foi morta no mês passado no campus da Universidade da Geórgia e cujo suspeito é um migrante venezuelano que as autoridades dizem estar ilegalmente no país.
“Ela foi brutalmente assassinada por um dos milhões de pessoas que cruzaram ilegalmente a fronteira que o Presidente Biden decidiu libertar na nossa terra natal”, disse Britt.
“Durante anos, a esquerda mimou os criminosos e tirou fundos da polícia, ao mesmo tempo que permitiu que os infratores reincidentes saíssem em liberdade”, continuou a senadora, para quem "o resultado é trágico, mas previsível, desde as nossas pequenas cidades até às ruas mais emblemáticas da América, a vida está a tornar-se cada vez mais perigosa”.
"Senhor presidente, basta. Americanos inocentes estão a morrer e a culpa é sua, cumpra seu juramento de posse, reverta as suas políticas e esta crise e acabe com o sofrimento", pediu a senadora.
Crítica à política externa, sem referência à Ucrânia
No seu discurso, Britt criticou a política externa de Biden, incluindo sua retirada caótica do Afeganistão em 2021 e as negociações sobre um acordo nuclear renovado com o Irão, mas não mencionou a guerra da Ucrânia com a Rússia,
Entretanto, a senadora do Alabama defendeu os serviços de fertilização in vitro e disse querer "ajudar mães e pais amorosos a trazer vidas preciosas a este mundo”.
Britt afirmou que "o mundo livre merece mais do que um líder vacilante e diminuído. A América merece líderes que reconheçam que fronteiras seguras, preços estáveis, ruas seguras e uma defesa forte são os pilares de uma grande nação."
No campo económico, ao contrário do Presidente, a legisladora republicana disse que a inflação está "no máximo em 40 anos".
A "estrela" ascendente conservadora, segundo observadores políticos, pediu aos eleitores que “despertem o espírito heróico de uma grande nação”.
“América, não temos apenas um encontro com o destino. Pegamos a mão do destino e o lideramos”, subinhou Britt, quem disse acreditar "que, apesar do estado atual da nossa união, os nossos melhores dias ainda estão por vir”.