O embaixador da União Europeia em Moçambique, António Sanchez Gaspar, diz que sem a provisão de serviços básicos às comunidades e a promoção de oportunidades de emprego para jovens, nas regiões afectadas por conflitos militares, vai ser difícil a consolidação da paz.
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Sanchez Gaspar falava a propósito do lançamento, esta quinta-feira (14), do projecto de desenvolvimento local para a consolidação da paz, nas províncias centrais de Sofala, Manica e Tete, severamente afectadas pelas acções da chamada Junta Militar da Renamo.
O projecto, financiado pela União Europeia, visa a promoção do desenvolvimento económico e insere-se no contexto da implementação do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, assinado em Agosto de 2019, entre o Governo de Moçambique e a Renamo.
Avaliado em cerca de 26 milhões de euros, o arranque do projecto é imediato e vai ser implementado até 2025, devendo beneficiar milhares de pessoas, nas três províncias.
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Entretanto, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), arrancou também com um programa de assistência às vítimas da violência armada em Cabo Delgado, incluindo aquelas que se refugiaram nas províncias vizinhas.
O Acnur destaca que a situação humanitária continua a piorar na área do extremo norte, onde milhares de pessoas deixaram os lares em refúgio, após ataques terroristas. Elas também procuraram abrigo nas províncias vizinhas de Nampula, Niassa e Zambézia.
Ainda esta quarta-feira, uma caravana da Cruz Vermelha partiu de Maputo com destino a Cabo Delgado, e leva mais de 20 toneladas de produtos diversos, fundamentalmente para mulheres e raparigas afectadas pela violência armada.