O século 21 será o século da África, tanto do ponto de vista da democracia como do crescimento económico.
A afirmação é do antigo primeiro-ministro de Cabo Verde José Maria Neves em conversa com a VOA sobre transferência de poder e transições democráticas em África.
O National Democratic Institute, fundação próxima do Partido Democrata dos Estados Unidos, e o Governo de Cabo Verde reuniram na cidade da Praia no início desta semana políticos e estudiosos do Burkina Faso, República Centro Africana, Gana, Libéria, Nigéria, Senegal e do país anfitrião para debater transferências do poder no continente.
As intervenções do antigo Presidente de Cabo Verde e prémio Mo Ibrahim, Pedro Pires, e da ex-Presidente de transição da República Centro Africana, Catherine Samba-Panza, constituíram pontos de partida para um debate no qual participou também o antigo primeiro-ministro de Cabo Verde José Maria Neves.
Aquele político e especialista em Administração Pública é de opinião que os processos de transição democrática em África caminham bem “à medida que a democracia vai fazendo o seu percurso nos diferentes países”.
Neves defende, no entanto, o reforço da democracia, “que é um valor universal mas que deve ser entendida e adaptada a cada realidade cultural” e diz que os países africanos, a começar por Cabo Verde, devem criar legislação que defina a transferência de poder “para que não dependa de cada governante”.
Na conversa com a VOA, na rubrica Agenda Africana, José Maria Neves aborda os Estados falhados, a fuga de cérebros e considera haver "um profundo desconhecimento de África fora do continente”.
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