Secretário de Estado americano e ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde aproximam posições

  • VOA Português
Na conversa entre Anthony Blinken e Rui Figueiredo Soares, Washington reitera fortalecer relações, incluindo na segurança

O secretário de Estado americano Anthony Blinken disse nesta terça-feira, 23, ao ministro dos Negócios Estrangeiros e ministro da Defesa de Cabo Verde Rui Figueiredo Soares que os Estados Unidos querem fortalecer as relações entre os dois países, incluindo em questões de segurança.

Foi o primeiro contacto directo entre o novo secretário de Estado e um dos países de língua oficial portugeusa em África

Um porta-voz do Departamento de Estado afirmou que Blinken afirmou que “os Estados Unidos estão orgulhosos de ser um amigo de Cabo Verde, que é um modelo de governação democrática e de direitos humanos em África”.

Os dois diplomtas “discutiram o nosso planeado diálogo bilateral para fazer avançar prioridades comuns, expandir relações comerciais e fortalecer a nossa parceria de segurança”, disse o porta-voz, que acrescentou que o secretário de Estado “congratulou Cabo Verde pela sua escolha do Programa de Parceria Estatal da Guarda Nacional dos Estados Unidos”.

Blinken “expressou também interesse em levar à atenção de companhias americanas oportunidades de investimento”, acrescentou o porta-voz.

Entretanto, na cidade da Praia, foi anunciado que Cabo Verde vai realizar várias acções para reforçar as capacidades das instituições de justiça criminal em combater o crime organizado, num projecto apresentado nesta segunda-feira, 22, e financiado pelos Estados Unidos da América em cerca de um milhão de dólares.

O projecto vai dar enfoque às mulheres, crianças e pessoas mais vulneráveis e pretende reforçar as respostas da justiça penal em Cabo Verde para uma “luta eficaz” contra o tráfico ilícito e a criminalidade organizada.

No final espera-se que as instituições da justiça criminal tenham capacidade melhorada para investigar, processar e julgar casos de tráfico ilícitos e crime organizado, bem como capacidade nacional reforçada para analisar, investigar e acusar crimes de lavagem de capitais, criminalidade financeira e os seus activos da criminalidade.