O ministro da Agricultura e Ambiente disse recentemente que cerca de 20 % das famílias vivem sob pressão da insegurança alimentar no país e outros tantas podem cair nesta situação devido à seca que ameaça o arquipélago.
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Para o investigador do Instituto de Nacional de Investigação Agrária (INIDA) esta é uma situação natural num país que se depara com problemas de fracas precipitações.
Isildo Gomes diz que, nos últimos anos, a taxa terá sofrido alguma redução, tendo em conta um conjunto de medidas de políticas implementadas pelas autoridades nacionais em estreita colaboração com parceiros internacionais nomeadamente a FAO.
No entanto afirma que o mau ano agrícola que se verifica volta a colocar preocupação e leva as autoridades a procurar alternativas para atenuar os efeitos da falta do pasto e colheita.
O investigador e professor universitário diz que se deve mudar atitudes, bem como o tipo de agricultura praticada no país.
A alteração dos hábitos alimentares também contribui para a segurança alimentar, por isso o investigador do INIDA considera importante o uso de produtos como o milho e feijão, tidos no passado como as principais bases da alimentação no país.
Para além das vantagens que o uso do feijão trás à saúde, o seu cultivo contribui para a preservação do próprio solo defende o técnico da FAO, Luciano Fonseca.
"A aposta nas leguminosas constitui uma boa alternativa na agricultura praticada no arquipélago," diz Fonseca.
Refira-se que na sequência do mau ano agrícola, o governo aprovou um plano de emergência no valor global de 850 mil contos, orientado em três grandes eixos: o salvamento do gado, a gestão racional de água,pois dados indicam que mesmo a nível subterrâneo há um défice na ordem de 50%, e a criação de emprego para as famílias afectadas.