A escassez de chuvas potencia a carência de água no interior da província do Namibe está a levar os camponeses a dedicarem-se cada vez mais à actividade informal de corte de árvores, para produção de lenha e de carvão posteriormente vendidos ao publico.
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Os camponeses queixam-se da falta de apoio do Governo para poderem continuar na agricultura e afirmam também estar a ser vítimas de chantagem de agentes do Instituto de Desenvolvimento Florestal(IDF) que exigem pagamentos em postos de controlo para permitir a passagem do carvão e da lenha.
O chefe da Defesa Civil na localidade da povoação do Caraculo, município da Bibala, André Chimbanda, disse que o povo está mais preocupado com a fome e só depois é que se pode falar dos problemas ecológicos.
Aquele responsável disse à VOA que a produção de carvão é o último recurso de sobrevivência apesar de possuírem terras aráveis nas localidades do Cento e Um, Nascente, Tchipia, Mutanga e noutros.
A falta de apoios do Governo limita a prática da agricultura, facto que leva os residentes a enfrentarem uma situação crítica,
Apesar da restrição imposta pelas autoridades governamentais, segundo os visados, as comunidades "mucubais" consideram a produção de lenha e carvão uma actividade secular e de sobrevivência ancestral.
Chimbanda diz não perceber como é que de um lado há restrições e, do outro, os fiscais do Instituto do Desenvolvimento Florestal, colocados nos postos do Caraculo, quilómetro 26 e na Quipola, continuam a espoliar avultadas somas em dinheiro aos cidadãos envolvidos na venda co carvão .
Os denunciantes dizem que não estão satisfeitos com a corrupção que envolve fiscais do IDF, por isso exigem que o Governo estipule uma taxa para a prática da actividade.
A VOA tenou ouvir os responsáveis do Instituto do Desenvolvimento Florestal mas sem sucesso.