São Tomé e Príncipe: “Palayes” incentivadas a abandonar a venda de carne de tartarugas

Mulheres incentivadas a não vender carne de tartaruga.

Autoridades instadas a proteger os recursos naturais.

A Associação de Conservação das Tartarugas Marinhas em São Tomé e Príncipe está a criar outras fontes de rendimento para as mulheres “Palayes” do arquipélago que comercializam a carne de tartarugas marinhas.

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São Tomé e Príncipe: “Palayes” incentivadas a abandonar a venda de carne de tartarugas

O objectivo é dar-lhes outra ocupação para deixarem de comprar e vender a carne deste animal.

Uma estratégia idêntica foi utilizada para persuadir os homens que capturavam tartarugas marinhas nas praias do país.

Há três anos que a associação presidida por Sara Vieira em parceria com a organização São-tomense Marapa trabalha para mudar o comportamento da população no que toca à comercialização e consumo de carne e derivados de tartarugas marinhas.

Protecção de tartarugas

A tarefa é difícil tendo em conta a situação de pobreza da maioria da população marcada pelo desemprego e baixos rendimentos.

Mas há resultados positivos.

A bióloga Vieira, que é filha do Presidente do clube de futebol Sport Lisboa e Benfica, garante que nos últimos anos há menos pessoas a capturar as tartarugas marinhas.

E tal resulta do trabalho de sensibilização, disse.

São Tome e Príncipe é dos poucos lugares do mundo onde ainda existem determinadas espécies de tartarugas marinhas, como por exemplo, a tartaruga Sada.

A bióloga apela as autoridades São-tomenses a envolverem-se na defesa dos seus recursos naturais.