O Presidente da República e o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe divergem-se sobre os ganhos da democracia no país, 25 anos depois do fim do regime do partido único.
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“Democracia que não consegue resolver os problemas essenciais da população é uma democracia que pode estar em perigo”", disse Manuel Pinto da Costa antes de deixar o país na quarta-feira para uma visita oficial de quatro dias a Cabo Verde.
O Chefe de Estado, que dirigiu São Tomé e Príncipe durante os 15 anos de regime de partido único entre 1975 e 1990, considera ainda que é preciso que os principais acores políticos reflictam sobre os resultados dos 25 anos de democracia implantada em 1990.
Em reacção, o primeiro-ministro Patrice Trovoada diz que esta afirmação só pode ser uma opinião pessoal do Presidente Manuel Pinto da Costa, que, em 2011, "voltou a ser eleito ao mais cargo da nação num quadro democrático".
O Chefe do Governo considera também que a intenção do Presidente da República de relançar a ideia do “Diálogo Nacional” proposto em 2014 é uma perda de tempo devido ao resultado que todos conhecem.
Numa altura em que São Tomé e Príncipe vai entrar em pré-campanha eleitoral para as eleições presidenciais de Julho deste ano são cada vez mais acentuadas as divergências entre o Presidente da República, Manuel Pinto da Costa, e o primeiro-ministro, Patrice Trovoada.