O presidente da Unita negou acusação de alguns analistas políticos que o consideram ditador pelo facto de concorrer a«a um quarto mandato à frente dos destinos do partido.
Isaias Samakuva lançou um desafio para que alguém diga onde está a irregularidade democrática que ele cometeu ao candidatar-se à sua própria sucessão.
Samakuva diz que é candidato sim, e não é um ditador, como querem fazer crer.
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O presidente da Unita sublinhou que uma coisa é ser candidato num partido político e outra bem diferente é concorrer à Presidência de uma república, tendo desafiado os que o acusam de ditador a indicar um partido político mundial, onde há limitação de mandatos.
"Alguém que me diga qual o partido político do mundo que limita os mandatos, que me digam se Angela Merkel, Helmut Kol, Margareth Tachter, Mariano Rajoy, se Lula da Silva violaram alguma norma de democracia? Não, a Unita está nas mesmas condições", disparou.
Samakuva diz que está tranquilo e não vai parar com as criticas a José Eduardo dos Santos pelo facto deste estar há mais tempo que devia à frente de um país.
"Eu estou no partido, outros estão no poder do Estado angolano, a legislação de um Estado é diferente da de um partido, eu estou à vontade e vou continuar a criticar na mesma o Chefe do Estado que permanece no poder mais tempo que a Constituicao prevê, no partido nada me impede de continuar e vou continuar", asseguta Samakuva, que desafiou os "colegas Abílio Numa e Lukamba Gato para um debate de ideias".
Abílio Kamalata Numa outro candidato a presidência da UNITA já reagiu e disse à VOA estar pronto para o debate.
"Em relação à Unita sinto que muitas coisas precisam ser feitas, há problemas, a juventude devia ser mais alegre com perspectiva de esperança e motivação e se reverem mais nas estruturas do partido", acusou Numa.
Aquele candidato vai mais longe e diz que toda a oposiçãoo partidária precisa ser mais firme e séria.
"A oposição não se tem assumido de forma consistente para poderem perspectivar políticas que permitam a tranquilidade e firmeza aos angolanos, para mudar o que vai mal há 40 anos em Angola, é preciso ir ao encontro do MPLA que tem dominado a política do país nos últimos anos e encontrarmos uma saída para isso mas com seriedade, as pessoas tem que saber isso, e por nada n'os vamos fugir deste caminho", desafiou Numa.
Lukamba Paulo Gato é o terceiro candidato que formalizou a sua pretensão de concorrer ao mais alto cadeirão da Unita.
O congresso e a eleição do novo líder da Unita acontece a 3 de Dezembro próximo.