A Rússia realizou domingo, 18 agosto, o seu terceiro ataque com mísseis balísticos a Kyiv este mês, mas dados preliminares indicam que a maioria dos projéteis foi abatida à aproximação, disse a administração militar da capital ucraniana.
“Este já é o terceiro ataque balístico à capital em agosto, com intervalos exatos de seis dias entre cada ataque”, disse Serhii Popko, chefe da administração militar de Kyiv, na aplicação de mensagens Telegram.
Popko disse que os russos provavelmente usaram mísseis balísticos de fabricação norte-coreana.
Separadamente, o comandante da força aérea da Ucrânia, tenente Mykola Oleshchuk, disse que foram destruidos oito drones de ataque russos e cinco dos oito mísseis lançados durante a noite em todo o país, incluindo Kyiv.
Oleshchuk disse que o combate antiaéreo, as tropas de mísseis antiaéreos, os grupos de tiro móveis e as unidades de guerra eletrónica derrubaram 13 alvos aéreos nas regiões de Kyiv, Sumy e Poltava.
A Rússia lançou oito mísseis na manhã de domingo, incluindo três mísseis balísticos, três mísseis de cruzeiro e dois mísseis guiados por aeronaves. A Ucrânia abateu cinco deles, disse, e os três mísseis que falharam não conseguiram atingir os seus alvos.
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As autoridades de Kyiv disseram que não havia relatos imediatos de vítimas ou danos na capital. No entanto, o governador da região de Kyiv, Ruslan Kravchenko, disse que duas casas foram destruídas e 16 outras foram danificadas pela queda de destroços.
“A Rússia sabe sempre onde está a atingir com os seus mísseis e bombas, e este é um terror russo deliberado e direcionado”, disse o Presidente Volodymyr Zelenskiy no Telegram.
Segundo ele, a Rússia lançou mais de 40 mísseis, 750 bombas aéreas guiadas e 200 drones de ataque esta semana contra aldeias e cidades ucranianas.
Cerca de duas horas após o ataque inicial, Kyiv, a região circundante e a maior parte do centro e nordeste da Ucrânia estavam sob novos alertas de ataque, com ameaças de mais mísseis em direção à cidade, disse a força aérea da Ucrânia.
A Rússia lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia há dois anos e meio e detém atualmente cerca de 18% do seu território no leste e no sul.