Quando o presidente do Senegal anunciou o adiamento das eleições presidenciais que deveriam ter lugar a 25 de fevereiro, o Senegal, que já vivia uma onda de instabilidade social e política, entrou numa onda de contestação pública que levou a confrontos entre manifestantes e forças da segurança que o colocou no caminho do caos.
O adiamento, anunciado pelo presidente Macky Sall, foi justificado, de alguma forma, com um pedido de um candidato da oposição que contestava o seu nome ter ficado fora da lista dos presidenciáveis sancionados pelas autoridades eleitorais. De facto de fora tinham ficado dois nomes que congregavam grande número de apoiantes, e em si representavam a maior ameaça ao escolhido pelo presidente Sall para o suceder, o seu primeiro-ministro Amadou Ba.
Falamos dos excluídos Karim Wade ex-ministro e filho do ex-presidente Wade e Ousmane Sonko a cumprir dois anos de pena de prisão por “corromper a juventude.”
Em mais um episódio da rubrica “2Rs África” os nossos politólogos Rui Neumann e Raúl Braga Pires falam desta decisão de adiamento e da decisão do Supremo de forçar o presidente a marcar uma data depois do parlamento dizer que as eleições teriam lugar dentro de 10 meses. Quem beneficia? Estratégia de Sall quando quer fazer parecer que não o é?
Your browser doesn’t support HTML5