Os gestores do Aeroporto Internacional de Nacala, na província de Nampula, decidiram fechar o tráfego nocturno de aviões, devido ao roubo de materiais de sinalização.
Esta medida agrava as contas daquele aeroporto, que desde a sua inauguração, em 2014, ressente-se do baixo tráfego para a sua rentabilização.
De acordo com Acácio Tuende, administrador da empresa Aeroportos de Moçambique, a acção dos vândalos foi de tal forma que atingiu consideravelmente a estrutura de iluminação, que não havia mais solução que não a suspensão de voos nocturnos.
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"Tivemos esse infortúnio de roubo de cabos de luzes de pista. Tivemos assim que paralisar os voos nocturnos, até que o sistema de iluminação seja totalmente reposto" disse Tuende, falando à comunicação social, em Maputo.
Tuende disse que a vandalização resultou em grande impacto financeiro que só em Nacala estima-se em cerca de 20 milhões de Meticais (cerca de 317 mil dólares), afundando ainda mais as contas daquela infraestrutura.
Elefante branco
O Aeroporto de Nacala, inaugurado em 2014, há muito é considerado um elefante branco por analistas.
Desde a sua abertura, tem registado muito pouco em termos de tráfego, o que em termos económicos não tem justificado as promessas que determinaram a sua construção, nomeadamente impulsionar o desenvolvimento da região norte do país.
O Presidente do Conselho de Administração da Aeroportos de Moçambique, Américo Muchanga, negou, recentemente, que a infraestrutura tenha sido um investimento fracassado.
"É preciso olhar aquele aeroporto no contexto que ele vai desempenhar, por exemplo, para o desenvolvimento das operações de petróleo e gás, na bacia do Rovuma" disse Muchanga.
Recorde-se que o Aeroporto de Nacala foi construído pela empresa brasileira Odebrecht, através de um empréstimo concedido a Moçambique pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDS).
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