O delegado das Finanças na província angolana do Huambo e o director do Gabinete Provincial da Educação da Huíla estão detidos desde segunda-feira, 3, no Lubango, acusados pelos crimes de peculato, branqueamento de capitais, corrupção passiva e associação criminosa.
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Sousa Dala e Américo Chicoty estão envolvidos num alegado desvio de dois mil milhões de kwanzas dos cofres do Estado no ano de 2015 que se destinavam ao pagamento de professores em cargos de chefia.
O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior na Huíla, Manuel Halaiwa, fala de um processo complexo cujas diligências em curso podem eventualmente levar outras pessoas à cadeia.
"Essas detenções foram executadas pela direcção do SIC em cumprimento de um mandato de detenção emitido pela Procuradoria-Geral da República, na base de um processo que corre os trâmites naquele órgão operativo da delegação do Ministério do Interior, é um processo complexo e diligências ainda decorrem para se determinar eventualmente outras pessoas envolvidas", anunciou Halaiwa.
Sousa Dala que exerce as funções de delegado das Finanças no Huambo já ocupou as mesmas funções na Huíla em 2015, daí ter sido arrolado no processo.
O assunto, que começa a trazer à tona, as primeira vítimas foi despoletado em Abril pela imprensa local, quando alguns dos beneficiários dos subsídios atrasados perceberam que teriam recebido menos do que lhes era devido.
A forma como os pagamentos foram efectuados, através de contas de empresas particulares, levou a que o Ministério Público iniciasse um processo de investigação.
Por se perceber está ainda o envolvimento no processo do governador João Marcelino Tchipingui, enquanto gestor principal da província da Huíla.