O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, conversou com seu homólogo russo nesta quarta-feira, 15, sobre a interceptação militar russa que resultou na queda de um drone de vigilância dos EUA ontem sobre o Mar Negro.
“Os Estados Unidos continuarão a voar e a operar onde quer que a lei internacional permita e cabe à Rússia operar suas aeronaves militares de maneira segura e profissional”, disse Austin a jornalistas depois de anunciar que “acabou de desligar o telefone”. com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.
Foi a primeira ligação entre os dois responsáveis da defesa dos dois países desde Outubro.
O drone americano MQ-9 abatido estava “a realizar operações de rotina” no espaço aéreo internacional na terça-feira, de acordo com os militares dos EUA, quando um par de caças russos Sukhoi Su-27 “despejou combustível e voou na frente do MQ-9”.
“Sabemos que a interceptação foi intencional. Sabemos que o comportamento agressivo foi intencional. Também sabemos que é muito pouco profissional e muito inseguro”, disse o general Mark Milley, Chefe do Estado-Maior Conjunto, a jornalistas na quarta-feira, 15.
Milley acrescentou que “aainda não tinha certeza” se o contacto físico entre a aeronave russa e o drone foi intencional.
Aquele responsável também disse que os EUA têm evidências de vídeo que mostram a interceptação agressiva.
Ele também falou com seu colega russo por telefone sobre “várias questões preocupantes relacionadas à segurança”, segundo seu porta-voz.
Autoridades russas disseram estar a considerar a possibilidade de tentar recuperar o drone, mas os agentes americanos conseguiram apagar remotamente um software sensível no drone para evitar que a Rússia recolhesse informações secretas antes de enviar a aeronave para o Mar Negro.
Os EUA não têm navios no Mar Negro, que é amplamente controlado pela Rússia.