O jornalista brasileiro e director da organização não governamental Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto, dedicada à monitoria ao combate ao trabalho escravo, recebeu no dia 28 em Washington, o prémio 2017 TIP Hero (Herói do Relatório sobre Tráfico de Pessoas de 2017) pela sua luta contra esse fenómeno.
Sakamato e a Repórter Brasil têm-se destacado pela denúncia de casos de trabalho escravo e de empresas que os patrocinam e por campanhas a favor dos direitos humanos.
Em conversa com a VOA, o jornalista, blogueiro e activista revela a sua preocupação com "as actividades desenvolvidas por empresas brasileiras em Angola e Moçambique porque têm recorrido ao trabalho escravo".
Leonardo Sakamoto destaca "a Odebrecht que foi provado ter usado trabalho escravo e Angola" e diz que a sua organização vai aprofundar investigações e monitoria "em Angola, Moçambique e outros países africanos onde empresas brasileiras estão presentes".
Sakamoto,com a colaboração de jornalistas, cientistas sociais e educadores, fundou a organização não governamental Repórter Brasil, em 2001, com o objetivo de fomentar a reflexão e ação sobre a violação aos direitos fundamentais dos povos e trabalhadores no país.
Devido ao seu trabalho, tornou-se uma das mais importantes fontes de informação sobre trabalho escravo no país.
As reportagens, investigações jornalísticas, pesquisas e metodologias educacionais do Repórter Brasil têm sido usadas por lideres do poder público, do sector empresarial e da sociedade civil como instrumentos para combater a escravidão contemporânea, um problema que afecta milhares de pessoas
Como convidado da rubrica Agenda Africana, da VOA, Leonardo Sakamoto diz que o prémio recebido representa "uma forma de protecção porque ao denunciar o trabalho escravo passamos a ter muitos inimigos poderosos" e aborda as estratégias para combater o fenómeno.
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