A Assembleia da República de Moçambique chumbou nesta quarta-feira, 26, a proposta de um Governo de gestão apresentada pelo presidente da Renamo Afonso Dhlakama como forma de compensar a alegada fraude nas eleições gerais de 15 de Outubro.
A proposta foi reprovada com 170 votos contra da Frelimo, partido no poder, enquanto a Renamo, com 43 votos, e o MDM, com sete votos, votaram a favor da proposta.
Na declaração de voto da sua bancada, Mateus Kathupa, deputado da Frelimo, e porta-voz da Comissão Permanente da Assembleia da República, afirmou que o seu grupo parlamentar votou contra porque a proposta não consta dos pontos de agenda aprovada pela Comissão Parlamentar para a sessão extraordinária que se iniciou hoje.
O porta-voz da Renamo, António Muchanga, por seu lado garantiu que o seu partido vai avançar com a proposta a outros níveis, nomeadamente junto da Presidência da República.
Em entrevista à VOA, Muchanga diz desconhecer o conteúdo da proposta de um estatuto para o líder da oposição anunciada pelo Governo, que, segundo ele, deverá ser para o líder da Frelimo porque a Renamo é que ganhou a eleição.
Your browser doesn’t support HTML5
Enqaunto isso, Veronica Macamo, que preside ao parlamento moçambicano, pediu ao país que aguarde com serenidade e civismo o anuncio da validação dos resultados das eleições de 15 de Outubro ultimo.
Macamo que falava na abertura de mais uma sessão da assembleia disse, segundo a agencia de noticias AIM, que uma vez validados os resultados todos, independentemente da sua filiação partidária, se deviam unir em torno dos vencedores pois só assim “estaremos a criar condições para o bem-estar de todos os moçambicanos.”
Os resultados que devem ser proclamados e validados pelo Conselho Constitucional deram a vitoria à Frelimo, e ao seu candidato presidencial Filipe Nyusi.