Os candidatos Amisse Cololo, da Frelimo, e Paulo Vahanle, da Renamo, dizem que estão preparados para a segunda volta da votação intercalar no Município de Nampula.
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Os dois dizem ainda que estão confiantes na vitória, na votação ainda sem data marcada, uma vez que aguarda-se a validação e proclamação dos resultados da votação de 24 de janeiro pelo Conselho Constitucional.
A votação deverá ter a segunda volta, por nenhum dos candidatos ter obtido o mínimo de 50% mais um voto estabelecido para a vitória. Amisse Cololo teve 44. 51% de votos e Paulo Vahanle, 40.32%.
A Renamo defende que a segunda volta deve acontecer depois da correção dos cadernos eleitorais pelo órgãos de administração eleitoral.
O representante deste partido, André Magibiry, diz que tal irá garantir que todos os interessados votem, contrariamente ao que aconteceu em Janeiro.
“Reiteramos o nosso apelo aos órgão eleitorais - que para um bom processo - devem usar os cadernos de 2014. Não vamos admitir o desaparecimento de cadernos e a falta de nomes de alguns eleitores”, diz Magibiry.
Renovação no MDM
Entretanto, há indicações de que os partidos eliminados na primeira volta estão a receber solicitações de apoio dos dois concorrentes.
Mário Albino, do Amusi, diz quenão vai apoiar nenhum candidato e vai mobilizar pessoas para não votarem, alegando que será um desperdício de recursos financeiros tendo em conta que se aproxima o recenseamento eleitoral para as eleições autárquicas do dia 10 de outubro deste ano.
O representante da Renamo não confirmou nenhum pedido, mas revelou que o seu partido está aberto a receber o apoio.
O MDM não revela se vai ou não apoiar outro candidato, mas torna claro que está preocupado com a recuperação da presidência do Municipio na votação de Outubro.
Para o efeito, este partido está a mudar as caras na governação do partido ao nível da cidade de Nampula.
Recorde-se que depois de ganhar em 2013, com o assassinado Mahamudo Amurane, o MDM, viu o seu candidato a eleição intercalar, Carlos Saide a não conseguir votos para manter a presidência do Município.
Faltando duas semanas para a validacao e proclamacao dos resultados eleitorais, Deviz Simango, presidente do partido, decidiu mudar as figuras.
Foram respectivamente afastados Luciano Tarieque e Luisa Pinto, dos cargo de delegado políticoe chefe da mobilização, e substituídos por Aiupa Nacozeria e Luisa Marovica, membro da assembleia municipal pela bancada do MDM.
Algumas vozes do partido dizem que a decisão de Deviz Simango em mexer a governação local do partido resulta da derrota, mas Luciano Tarieque , delegado politico exonerado diz que as mudanças visam permitir-lhe a realização de outras tarefas.
Luísa Marovica, nova chefe de mobilização, admite que o partido teve retrocessos na eleição intercalar, mas defende que tal aconteceu devido à abstenção causada pela fraca campanha de educação cívica.
O analista político, Arlindo Muririua, considera que com a entrada da Renamo, a segunda maior forcano jogo político, o MDM, vai ter dificuldades de obter os resultados que deseja.