Os presidentes da Renamo, Ossufo Momade e do MDM, Lutero Simango, os dois principais partidos da oposição em Moçambique, anunciaram uma frente comum contra a Frelimo, no poder, a quem acusam de estar a aniquilar a democracia e a tentar tornar o país num Estado anárquico.
“Não podemos permitir que a democracia, que custou muitas vidas, seja aniquilada por conta das suas ambições. Nós queremos eleições livres, justas e transparentes, nós não queremos voltar à guerra, não queremos voltar à guerra”, disse Ossufo Momade, a jornalistas, ao lado de Lutero Simango, nesta quarta-feira, 25, em Maputo, após um encontro entre os dois.
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O presidente da Renamo acrescentou que ele e Simango querem “uma democracia onde aquele que é eleito possa governar”.
“O que queremos é que a Frelimo recue nestes passos que está a dar para aniquilar a democracia”, sublinhou Ossufo.
Por seu lado, o presidente do MDM reiterou o compromisso dos dois partidos defenderem a democracia e a liberdade.
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“Estamos totalmente comprometidos com a democracia em Moçambique e a democracia se faz respeitando a vontade do povo, por isso, as urnas e o anúncio dos resultados devem refletir a vontade dos moçambicanos”, afirmou Lutero Simango
Na conversa com os jornalistas, Ossufo Momade acusou a Frelimo de usar a polícia como seu “braço armado” ao “ordenar os agentes da corporação para alegadamente encherem e transportarem urnas, expulsar os delegados dos partidos políticos das mesas de voto e usar abusivamente o gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes pacíficos” e reiterou que a Renamo não será empurrada para a guerra, mas vai contestar os resultados eleitorais através de manifestações nas cidades.
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O líder da Renamo explicou que o encontro visou analisar os resultados das eleições que serão oficialmente anunciados pela Comissão Nacional de Eleições na tarde de amanhã, 26.