Renamo dá voto de confiança ao chefe dos Serviços de Informação de Moçambique

Filipe Nyusi pede defesa da integridade do país

“Queremos que nos assegurem que Moçambique não se torne num Estado falido e pária“, exortou Filipe Nyusi na tomada de posse de Lidimo.

Depois de oito anos na “reforma”, Lagos Lidimo, o general das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) prestou juramento nesta quarta-feira, 1, como o novo director-geral do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE).

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Renamo dá voto de confiança ao chefe dos Serviços de Informação de Moçambique

Lagos Lidimo

Lidimo recebeu do Chefe de Estado a confiança para dirigir a secreta nacional, tendo como missão principal trabalhar para elevar a capacidade de defender a integridade do país, perante as ameaças, internas e externas, por via de uma investigação cada vez mais activa.

“Queremos que nos assegurem que Moçambique não se torne num Estado falido e pária, no âmbito da comunidade internacional“, exortou Filipe Nyusi.

O Chefe de Estado chamou atenção para alguns factores de ameaça “capazes de debilitar o nosso país” que devem ser tidos em conta pela secreta.

Nyusi destacou os crimes transfronteiriços, o contrabando, narcotráfico, tráfico de pessoas, a imigração ilegal, a corrupção, ameaças aos direitos humanos, a ausência de justiça social e a “exploração desenfreada de recursos”.

Depois de várias décadas ao serviço das Forças Armadas, onde cumpriu os últimos 14 anos como Chefe de Estado Maior General, Lidimo recebeu de Nyusi uma missão adicional, que passa por trazer a experiência de reconciliação que “demonstrou” depois dos Acordos de Roma, quando dirigiu o exército unificado.

A Renamo, maior partido da oposição nacional, saudou a nomeação do General Lidimo e considera ser o homem certo para disciplinar as fileiras.

“Pela experiência que ele tem, havendo vontade, ele é o homem que pode ajudar porque nas Forças Armadas agora há muita indisciplina. Pelas qualidades que ele demonstrou no comando das Forças Armadas ele pode ser uma figura importante” disse António Muchanga, porta-voz da Renamo.