Quatro viaturas que faziam o troço Rio Save-Muxunguè, na região Centro de Moçambique, foram alvo de ataques por homens armados supostamente pertencentes à Renamo nesta quinta-feira.
Uma das viaturas atacadas pertencem ao Ministério da Saúde e, segundo testemunhas, houve alguns feridos ligeiros.
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"Quando faltavam oito quilómetros para Muxungue quando começaram os tiros que não soubemos de onde, atacaram um camião da saúde, uma carrinha de um indivíduo de Muxungue e outra carrinha cantar que estava à frente. O camião da saúde levou mais de dez tiros", disse uma testemunha em declarações à Rádio Moçambique para depois acrescentar:"primeiro, pensávamos que fosse um pneu que rebentou, depois vimos para-brisas a levar balas e corremos em debandada. Foi difícil ver as pessoas, mas as balas vinham da mata para a estrada e não há dúvidas que o ataque é da Renamo".
Na segunda-feira, antigos generais e oficiais militares da Renamo anunciaram a sua intenção de colocar postos de controlo nas principais estradas de Moçambique de modo a travar raptos e execuções dos seus membros.
A decisão foi tomada numa reunião realizada no passado sábado entre o presidente do partido Afonso Dhlakama e o Departamento de Defesa e Segurança da Renamo em Sadjundjira, na Gorongosa.
"Colocaremos controlos em todos cruzamentos, entre Inchope e Rio Save, Inchope-Caia e o Rio Zambeze, esses postos de controle vão servir para fiscalizar ou controlar os carros que saem do Sul para o Centro, do Centro para o Sul, do Norte para Sul, assim sucessivamente", disse Horácio Calavete, chefe da mobilização da Renamo em Sofala.
A Polícia da República de Moçambique reagiu dizendo que que não permitirá a instalação de postos de controlo ao longo da Estrada Nacional 1.
"Tendo em conta que o mandato da polícia e das Forças de Defesa e Segurança é evitar que haja alteração da ordem pública, haja impedimento da circulação das pessoas e bens no território nacional nestas vias anunciadas que são fulcrais não vamos permitir a instalação destes postos de controlo que a Renamo faz referência", garantiu na terça-feira Inácio Dina, porta-voz do Comando Geral da PRM.
Esta semana, o Presidente Filipe Nyusi, reiterou que as armas em mãos alheias devem ser entregues ao Estado, reafirmando o interesse em trazer o líder da Renamo Afonso Dhlakama para o convívio político a ser feito na cidade e não nas matas.