Renamo acusada de matar dois funcionários em Tete

Afonso Dhlakama, líder da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique

A denúncia é da administradora do distrito de Moatize.

O administrador de Samoa, na província de Tete, centro de Moçambique, e o chefe da secretaria da mesma localidade morreram na madrugada desta quarta-feira, 18, num ataque atribuído pelas autoridades a homens armados da Renamo.

A notícia foi avançada à Rádio Moçambique pela administradora do distrito de Moatize.

Maria José Torcida disse que o chefe da localidade de Samoa, posto administrativo de Zobué, foi morto na sua residência, enquanto a chefe da secretaria faleceu carbonizada depois de a casa dela ter sido incendiada.

Ainda de acordo com a rádio pública, o comandante da Polícia da República de Moçambique em Tete, Fabião Nhancololo, revelou ter reforçado a segurança no local.

Por sua vez, o governador da província de Tete, Paulo Auade, prometeu fazer tudo para que "os autores deste bárbaro assassinato sejam levados às instâncias judiciais".

Esses ataques acontecem um dia depois de o líder da Renamo Afonso Dhlakama ter aceite propor nomes para integrar a comissão que vai criar caminhos para um diálogo entre ele e o Presidente da República Filipe Nyusi e de ter exigido a criação de uma comissão para investigar a morte de militantes e simpatizantes do seu partido por "esquadrões da morte".