A Renamo denunciou nesta terça-feira, 16, ter sofrido dois ataques militares por parte do exército na semana passada, tendo um deles provocado mortos e feridos.
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A revelação foi feita em Maputo pelo porta-voz daquele partido, António Muchanga, quem advertiu que a paciência está a esgotar-se.
Segundo Muchanga, militares em dois camiões e num veículo todo-terreno eqipa com uma metralhadora atacaram no domingo, 14, o quartel da Renamo no posto administrativo de Zobué, distrito de Moatize, na província de Tete.
"Condenamos a agressão que as forças da Renamo estão a sofrer em Tete, perpetrada pelas forças de intervenção rápida e FADM", disse Muchanga na conferência de imprensa, sem precisar o número de vítimas.
Ainda de acordo com o porta-voz da Renamo, na quinta-feira o exército atacou também um quartel do partido em Funhalouro, província de Inhambane, mas sem provocar baixas.
"Os guerrilheiros da Renamo conseguiram escapulir-se", ao contrário do que se passou no domingo, disse António Muchanga.
"A paciência dos comandantes da Renamo está a esgotar-se", advertiu Muchanga, referindo que Afonso Dhlakama pede contenção às forças do Governo para que a paz seja uma realidade no país.