Reino Unido diz que soldados cibernéticos russos têm como alvo líderes estrangeiros

  • AP

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Trolls russos têm como alvo Reino Unido, África do Sul, Índia, entre outros

Os "soldados cibernéticos" russos lançaram uma nova ofensiva contra líderes estrangeiros, visando plataformas de media social com uma campanha de desinformação em larga escala que busca legitimar a invasão da Ucrânia, de acordo com uma pesquisa financiada pelo Reino Unido

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Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, operadores pagos que trabalham numa fábrica em São Petersburgo usam o aplicativo de mensagens Telegram para recrutar e coordenar apoiantes que inundam as contas de media social dos críticos do Kremlin com comentários apoiando o Presidente russo Vladimir Putin e a guerra na Ucrânia.

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A chamada fábrica de trolls desenvolveu novas técnicas para evitar a detecção por parte das plataformas de media social, postando comentários e amplificando o conteúdo pró-Kremlin criado por utilizadores legítimos, em vez de criar o seu próprio conteúdo, disse o Ministério das Relações Exteriores. O estudo encontrou rastros da sua actividade em oito plataformas de media social, incluindo Telegram, Twitter, Facebook e TikTok.

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A operação tem como alvo políticos e públicos mais amplos em vários países, incluindo Reino Unido, África do Sul e Índia, disse o Ministério das Relações Exteriores. Acredita-se que tenha ligações com Yevgeniy Prigozhin, que foi sancionado pelos EUA e pela Grã-Bretanha por financiar as operações de influência online do Kremlin.

"Não podemos permitir que o Kremlin e as suas sombrias fábricas de trolls invadam os nossos espaços online com as suas mentiras sobre a guerra ilegal de Putin", disse a secretária de Relações Exteriores, Liz Truss, em comunicado.

"O governo do Reino Unido alertou os parceiros internacionais e continuará a trabalhar em estreita colaboração com aliados e plataformas de media para minar as operações de informação russas."