Dois moçambicanos foram mortos em bairros separados de Joanesburgo em incidentes relacionados com a vaga de xenofobia que se verifica na África do Sul há cerca de um mês.
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A imagem de uma das vitimas, Emmanuel Sithole, foi manchete da edicação de ontem do jornal sul-africano Sunday Times, que descreve gráfica e textualmente a brutalidade aplicada por sul-africanos sobre o inocente imigrante moçambicano.
O embaixador de Moçambique na Africa do Sul viu as imagens e a reportagem sobre a morte do seu conterrâneo, e considera que tudo é sinal de que ainda há falta de segurança para imigrantes africanos na Africa do Sul.
Entretanto, o rei zulu Goodwill Zwelithini, desmente categoricamente qualquer apelo à violência contra imigrantes africanos na África do Sul e acusa a imprensa de ter manipulado as suas palavras proferidas há um mês num encontro com a polícia sobre regeneração.
O rei promoveu um comício popular nesta segunda-feira, 20, para desfazer equívocos sobre as suas palavras.
Ao falar no Estádio dos Desportos Moses Mabida, em Durban, para cerca de 15 mil pessoas entre líderes tradicionais, diplomatas do Zimbabwe e da Nigéria e a população, ele disse suspeitar da existência de uma terceira forca e apelou à investigação do trabalho da comunicação social.
O líder do Inkatha também esteve no encontro e condenou vigorosamente a xenofobia.
Mangosuthi Buthelezi disse que a nação e monarquia zulus estão danificadas, pelo que é urgente restaurar a sua dignidade, travando a violência contra estrangeiros na África do Sul.
O comício popular foi um verdadeiro teste à autoridade e popularidade do rei Zulu para travar a violência que já matou pelo menos oito pessoas e provocou a separação de centenas de famílias.