Refugiados ruandeses em Moçambique regressam ao país num processo promovido por Kigali

Paul Kagame, Presidente do Ruanda (esq), e Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique (dir), em Pemba, 25 de Setembro de 2021

Um total de 19 cidadãos ruandeses refugiados em Moçambique fazem parte do primeiro grupo que aceitou o repatriamento voluntário para o seu país de origem, volvidos perto de 30 anos depois do genocidio que durou cerca de 100 dias, entre 7 de Abril e meados de Julho de 1994.

O processo tem o patrocínio da Embaixada do Ruanda em Maputo, que garante ser um processo voluntário.

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Refugiados ruandeses em Moçambique regressam ao país num processo promovido por Kigali - 2:20

Mussabyimana Claudine e Niyonsenga Donatiens são dois refugiados que aceitaram entrar para este programa de repatriamento voluntario por acreditarem na paz no seu país.

O repatriamento ocorre numa altura em que Moçambique conta com o apoio ruandês no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.

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Também crescem relatos de perseguição acidadãos ruandeses no país.

Imanirabaruta Israeli acredit, no entanto, não haver motivos para receios de perseguição no regresso e a vontade de querer contribuir para o desenvolvimento do seu país falou mais alto.

A Embaixada do Ruanda em Maputo assume as despesas de regresso dos ruandeses ao abrigo de um programa de reintegração dos refugiados.

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O regresso é voluntário e as autoridades esperam receber mais pessoas interessadas em retomar às origens, afiançou Ilda Matlombe , representante da Embaixada do Ruanda em Moçambique.

Dados fornecidos pela representação diplomática de Kigali em Maputo apontam para cerca de seis mil refugiados daq em Moçambique.