Cinquenta cidadãos congoleses, portadores de cartões de refugiado, foram expulsos de Angola por participação na exploração ilegal de diamantes, deu a conhecer à Voz da América, esta quarta-feira (24),o director Nacional do Serviço Jesuíta para os Refugiados, Padre Celestino Epalanga.
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O sacerdote católico disse que os cidadãos em causa foram apanhados em zonas de garimpo, no decurso da "Operação Transparência” tendo, por este facto, perdido o estatuto de refugiados.
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O padre Epalanga disse, entretanto, que a sua organização quer saber se os mesmos fazem parte dos cerca de 35 mil refugiados existentes na província da Lunda-Norte, ou então são congoleses que já vivia em Angola e que obtiveram os cartões de refugiadode forma fraudulenta.
O também coordenador da Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Angola e Sao Tomé (CEAST) denunciou que muitos cidadãos angolanos e congoleses recrutados para o garimpo estavam submetidos a trabalhalhos desumanos por parte de estrangeiros “em conivência com angolanos”.
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O responsável religioso denunciou também que houve muitos casos de exploração de menores e de prostituição e que os trabalhadores recrutados recebiam salários de miséria.
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O governo angolano apresentou o balanço da "Operação Transparência” que tem como missão repatriar quem se encontre em situação ilegal no país. E desde meados de Setembro já repatriou cerca de 400 mil congoleses na região das Lundas.
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