Antone, tem 50 anos. Fugiu,em Abril de 2017, da sua aldeia em Kasai, na República Democrática do Congo (RDC).
“Eles tinham armas, facas grandes e começaram a matar as pessoas. Naquele ambiente não era possível localizar os teus próprios filhos.”
Antone foi atingida por uma bala e fingiu estar morta. Os homens armados mataram dois dos seus filhos, a irmã dela mais nova e seus quatro filhos.
Ela foi socorrida e hoje faz parte de um grupo de 35 mil refugiados da RDC na Lunda, Angola.
A Organização das Nações Unidas ajuda as autoridades angolanas a lidar com a emergência com um olhar em questões imediatas como a alimentação e saúde.
Mas a emergência tem outras questões importantes: A protecção da mulher, garantia do exercício dos direitos sexuais e reprodutivos nesses ambientes que podem ser violentos.
Em Lovua, na Lunda Norte, o Fundo das Nações Unidas para a População cria espaços para a protecção da mulher e rapariga refugiada da RDC.
Neste “Agenda Africaca”, Florbela Fernandes, representante daquela agência em Angola, explica o que é feito para proteger as mulheres, que muitas vezes chegam traumatizadas.
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