A decisão do Banco de Moçambique de baixar os juros não deerá ter impacto na vida dos cidadãos ou mesmo para as emrpesas do país, disseram economistas moçambicanos
O Banco de Moçambique reduziu de 17, 23% para 16, 5 % a taxa de juros da política monetária mantendo se ainda a um nível considerado muito elevado embora seja um sinal de que a inflação poderá estar controlada.
O governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, disse que com esta decisão estão criadas as condições para o inicio de um ciclo de redução gradual das taxas e juros, justificando a redução com a consolidação das perspectivas de manutenção da inflação em um digito em médio prazo.
Referiu que em Dezembro de 2023 a inflação anual fixou-se em 5, 3 % após 5,4 % em Novembro, realçando que ‘’esta variação decorre fundamentalmente da redução dos preços de bens alimentares importados com destaque para os produtos de mercearia’’.
A redução foi 0, 73 por cento, o que significa na opinião do economista João Mosca, que o dinheiro vai continuar a ser muito caro, sendo por isso que esta decisão não terá impacto tanto para as empresas quanto para as famílias.
Para aquele analista, ‘’o nível de solicitação de créditos por parte das famílias reduziu-se drasticamente em 2023 e, certamente, vai reduzir-se igualmente no sector empresarial”.
João Mosca disse que se temvindo a registar um “abrandamento” da produção em Moçambique e “por várias razoes, mas com um peso muito significativo a questão dos raptos’’.
O empresário Luis Bila, da área de construção civil, diz que ‘’as excessivas exigências burocráticas para se conseguir um credito bancário, acabam por consumir este 0,73 por cento da redução da taxa de juros”.
“Préticamente não tem efeito sobre as empresas esta decisão’’, disse
O economista Pedro Cossa diz ser fundamental saber gerir as expectativas relativamente a esta decisão do Banco Central, porque, sublinhou o cidadão comum não vai sentir o seu efeito.
Referiu que a taxa de juros reduziu, ‘’mas o nível de redução tem efeitos meramente psicológicos; não vai influenciar significativamente o bolso do cidadão”.
“O que o Banco de Moçambique fez foi dar um sinal de que é possível reduzir tendo em conta a dinâmica da economia’’, disse
João Mosca sublinha que havia espaço para uma redução mais significativa, mas isso não aconteceu por conta da política do Banco de Moçambique que exige que os bancos comerciais depositem no Banco Central quase 40% dos seus depósitos, ‘’ e o Banco de Moçambique não paga nenhuma taxa de juros aos bancos’’.