A bandeira da reconciliação e do perdão entre os angolanos tem sido
uma aposta do atual Governo de Angola, que afirma tentar mobilizar o país para um ambiente político mais desanuviado, apesar das diferenças políticas.
Esta semana ficou marcada pela entrega dos restos mortais de antigos
dirigentes da UNITA, assassinados nos confrontos pós-eleitoral de 1991.
Tratam-se dos corpos de Salupeto Pena e Mango Alicerces.
O Governo promete entregar outros corpos nos próximos dias, principalmente das vítimas do famigerado caso 27 de Maio de 1977.
Alguns especialistas dizem ser preciso mais e alertam que a
reconciliação nacional não se limita a um discurso e que não deve ser
uma acção de relações públicas.
Para muitos analistas, a paz e a reconciliação em si não uniu os
angolanos, nem tão pouco provocou um impedimento entre os cidadãos
divididos ideologicamente.
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Segundo eles, os membros do partido no poder hostilizam os dos partidos na oposição.
Ainda assim, o Governo angolano promete continuar o trabalho de entrega de certidões de óbito e de localização de valas comuns para restituir às famílias as ossadas dos que morreram nos conflitos políticos ocorridos entre a independência e o fim da guerra civil.
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Nesta edição de Janela de Angola, o líder do projecto político Njango, Eduardo Jonatão Chingunji, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, e o analista político Anselmo Kondumula pronunciam-se sobre a reconciliação nacional.