Discurso de Lourenço prenuncia ‘’Angola independente, sem miséria’’, dizem analistas

Osvaldo Santos, empresário

Reacções à conferênca de imprensa do Presidente angolano

No dia do frente-a-frente com jornalistas angolanos e estrangeiros, nesta segunda-feira, 8, o Presidente da República, João Lourenço, recebe elogios de Benguela, sua terra natal, onde já exerceu o cargo de governador provincial, devido à ruptura com a gestão de José Eduardo dos Santos, agora líder do partido no poder, o MPLA.

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Benguela entusiasmada com "filho" João Lourenço - 1:41

Com a opinião pública preocupada com a bicefalia, um dos assuntos abordados no palácio presidencial, há quem considere que o Chefe de Estado já só tem de acabar com a pobreza que dizima os angolanos.

O construtor Osvaldo Santos, que trabalhou com o na altura comissário de Benguela em duas obras, o campismo e o bairro 27 de Março, estava à espera de outras questões, mas assume que atenua quando olha para o tempo de João Lourenço na Presidência.

Rendido aos sinais de mudança, o antigo membro da Associação dos Construtores salienta que é preciso colocar Angola a caminhar ao ritmo de um país independente.

‘’Eu acho que o homem já criou uma certa credibilidade entre o povo, por isso devemos apoiá-lo. Tudo isto para vermos o bem dos nossos filhos e netos, já que para nós a vida foi dizimada. Vamos, então, procurar melhorar, tirar Angola desta miséria. Enquanto virmos homens descalços, miúdos em tambores de lixo, Angola não está independente’’, salienta Santos.

Nada surpreendido com o combate à corrupção, o analista José Cabral Sande, que também louva a chegada da nova era, salienta que o passado de João Lourenço é um indicador de que a prosperidade não é uma miragem

‘’A única surpresa que tive foi a recente eleição do PR, já que ficamos com a sensação de que seria uma emanação de José Eduardo dos Santos. Afinal, é mesmo o major que esteve em Benguela, que recusou ofertas, abominou a corrupção e bajulações e hoje, sem receio, vai à praia com a esposa e posa para a fotografia’’, refere Sande

Reacções à conferência de imprensa, a primeira de muitas, do Presidente da República, que promete um balanço anual com os jornalistas.