RDC oferece uma recompensa pela detenção dos líderes do M23

  • AFP

Membros do movimento M23 chegam aos escritórios do governo local em Bukavu, a 1 de março de 2025.

As autoridades da República Democrática do Congo (RDC) estão a oferecer uma recompensa de cinco milhões de dólares pela ajuda na detenção dos líderes do grupo M23, que recentemente capturou duas grandes cidades do norte do país, anunciou o Ministério da Justiça.

“Uma recompensa de cinco milhões de dólares é oferecida a qualquer pessoa que ajude a prender os condenados Corneille Nangaa, Bertrand Bisimwa e Sultani Makenga”, declarou o ministério num comunicado datado de sexta-feira, 7.

Nangaa, líder da Aliança do Rio Congo (AFC), uma coligação político-militar à qual pertence o M23, é um antigo presidente da comissão eleitoral da RDC.

Bisimwa e Makenga são, respetivamente, o presidente e o chefe militar do M23.

Julgados à revelia em Kinshasa, os três homens foram condenados e sentenciados à morte em agosto de 2024.

As autoridades da RDC estão também a oferecer uma recompensa de quatro milhões de dólares por qualquer informação que leve à detenção dos “cúmplices em fuga” dos três homens e de “outros indivíduos procurados”, refere o comunicado.

O M23, que, de acordo com especialistas da ONU, é apoiado por cerca de 4.000 soldados ruandeses, retomou a sua luta contra o governo em Kinshasa em 2021 e, desde então, conquistou vastas áreas de território no Kivu do Norte, que faz fronteira com o Ruanda.

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Uma ofensiva relâmpago nas últimas semanas permitiu-lhe capturar a capital da província, Goma, e Bukavu, a principal cidade da província vizinha de Kivu do Sul.

O leste da RDC, rico em minerais, tem sido devastado há três décadas por conflitos e atrocidades.