Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul, e Lula da Silva, Presidente do Brasil, encontraram-se em Paris, à margem da Cimeira Novo Acordo Global Financeiro.
Ramaphosa e Lula falaram sobre o BRICS – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - a realizar-se entre os dias 22 e 24 de agosto em Joanesburgo, na África do Sul.
Segundo o site do governo brasileiro, os dois líderes também discutiram "opções para trabalhar pela paz no conflito entre Rússia e Ucrânia".
O Presidente sul-africano comentou a sua participação na comitiva de altos representantes de países africanos (incluindo Comores, Congo, Egito, Senegal, Uganda e Zâmbia) que esteve em Kyiv para uma audiência com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e em Moscovo para conversar com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e "debater caminhos para uma solução pacífica".
No encontro com Putin, Ramaphosa diz ter defendido o fim da guerra, "especialmente pelas consequências do conflito nos países de seu continente", lê-se na nota do governo brasileiro.
Na mesma nota sobre a conversa entre os dois líderes, Ramaphosa disse que as dificuldades para importar cereais da Ucrânia e fertilizantes da Rússia estão a comprometer "a segurança alimentar em diversos locais de África e do mundo".
Além de Angola, a África do Sul é o único país do continente africano com o qual o Brasil tem uma parceria estratégica, com cooperação nas áreas de defesa e segurança, energia nuclear, investimentos, cooperação e acesso a mercados.