A Rádio Ecclesia vai despedir em breve vários trabalhadores, dando assim continuidade à política de redimensionamento da empresa iniciada em 2012.
O Sindicato dos Jornalistas Angolanos revela a sua preocupação e admite que a situação noutras rádios angolanas não é melhor.
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Fruto da crise económica por que passa o país, a rádio ligada à Igreja Católica anunciou no dia 2 deste mês mais uma onda de demissão de vários trabalhadores.
Analistas advertem que a emissora está a perder os seus melhores quadros, bem com alguma audiência em Luanda, mas o director da Ecclesia, padre Quintino Kandanji, nega.
Em conversa com a VOA, o responsável explica o corte com a necessidade de redimensionar a emissora, mas garante que a empresa tudo fará para que “o processo seja justo”.
O processo começou em 2012 por recomendação da Conferência Eclesiástica de Angola e São Tomé (Ceast).
Até então, a Rádio Ecclesia tinha 64 funcionários, mas agora são cerca de 30.
Quintino Kandanji afirma que para o pleno funcionamento da uma rádio são necessários apenas 10, mas tal não vai acontecer com a Ecclésia.
“Vamos cumprir as etapas para podermos terminar este processo, mas projectos de rádios modernos não têm mais de 20 trabalhadores, tem pelo menos 10, mas não será o caso aqui”, garantiu, sem explicar quantos ficarão na empresa.
Entretanto, o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Teixeira Cândido, admite que a situação é critica para todas as rádios e apela a uma maior contenção dos órgãos.
Amanhã, o sindicato reúne-se com a direcção da Rádio Ecclesia para se informar sobre o processo de demissão, mas Cândido entende que “esta não é a melhor saída em tempo de crise”.