No início do domingo, Ruto dirigiu-se à nação em directo na televisão. É a primeira vez que o faz publicamente desde que começaram os protestos a nível nacional sobre o elevado custo de vida e alegadas irregularidades eleitorais. Milhares de pessoas assistiram aos protestos que começaram a 20 de Março e foram organizados por Odinga.
Ruto disse: "O nosso país tem sofrido graves actos de ilegalidade, violência generalizada, pilhagem e invasão de propriedade privada por pessoas que se aproveitam de manifestações políticas convocadas pela oposição".
No discurso, apelou a Odinga para que cancelasse os protestos agendados para segunda-feira.
Três pessoas foram mortas desde que os protestos começaram, mais de 400 outras foram feridas, disse Ruto no domingo.
A oposição tem insistido em reformas eleitorais, e Ruto disse que poderia haver uma reforma bipartidária para a comissão eleitoral.
Barricada em Kibera, bairro pobre em Nairobi durante protesto da oposição, 30 Março 2023
Odinga advertiu que os protestos seriam retomados se o governo não resolvesse as questões.
Na semana passada, Odinga afirmou que a sua caravana fora atacada e o seu carro atingido com sete balas vivas, cada uma delas apontada a ele. Não há "nenhuma justificação para a força excessiva utilizada contra cidadãos pacíficos desarmados que exercem os seus direitos democráticos", disse ele aos jornalistas.
Odinga escreveu no Twitter antes de cancelar os protestos, "Estamos todos prontos e preparados para #MegaMonday".
Ele também continuou a afirmar que foi o vencedor das eleições de Agosto e instou Ruto a "desocupar imediatamente o seu gabinete".
No seu discursono domingo de manhã, Ruto disse que as eleições de Agosto passado foram livres e justas. E que espera que a alegação da oposição de irregularidades eleitorais possa ser tratada no parlamento e por um grupo bipartidário.
Há relatos de que mais de 20 jornalistas foram atacados, assediados e feridos desde que os protestos começaram.