O baterista e compositor Francisco Matada Pereira ou Chico Matada diz que quer ajudar a colocar a música de Moçambique, seu país, no mundo.
“A música moçambicana não é muito conhecida no mundo. No meu trabalho de fim do curso, pretendo pesquisar os ritmos do meu país e partilhar com a audiência ocidental, uma forma de exportar a cultura,” diz Chico Matada.
Chico Matada vive em Helsínquia, a capital da Finlândia, onde faz estudos de música global e lidera um quarteto de jazz.
O seu interesse pela música despertou na adolescência, na década de 1990, em Maputo. Nessa altura, conta, “abandonei a escola, porque queria ser artista”, uma ideia reprovada pela mãe.
Após uma breve passagem pelo grupo cultural Mahamba – Voz Verde, no seu bairro da Maxaquene, com marcas salientes das diferenças sociais de Maputo, Matada executou o seu plano de atravessar a fronteira, sem os documentos exigidos.
Na altura dessa aventura, Chico Matada tinha 19 anos. Acreditava que haveria de caminhar até Joanesburgo, essa cidade sul-africana destino de muitos moçambicanos, com os mais variados sonhos.
Naquela cidade, Chico Matada estudou música e tocou, entre outros, com os irmãos Novella, também de Maputo.
Sonhador, em 2008, Chico Matada mudou-se para a Dinamarca, onde continuou os estudos na Academia Real de Música, em Aarhus.
Em 2016, Chico Matada apresentou o seu primeiro disco, “Reflections”, com elementos de jazz, xigubo (uma dança guerreira do seu país) e outros géneros.
Acompanhe a entrevista:
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