O Procurador-Geral da República (PGR) de Angola aceitou a queixa das autoridades tradicionais das Lundas contra empresas diamantíferas que usurparam lavras e quimbosde pacatos cidadãos.
O conflito leva três anos desde que os mwananganas das Lundas deram entrada com uma queixa na PGR, em Luanda, contra os empresários, na sua maioria generais, das minas de diamantes que, segundo a denúncia, usurparam lavras e aldeias das comunidades sem as devidas indemnizações.
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Os queixosos, entre mwananganas, camponeses e outros foram notificados a comparecerem nesta quarta-feira, 8, na unidade policial junto ao sector diamantífero do Cafunfo a fim de serem ouvidos.
O soberano mwanangana Mwakapenda Kamulemba, um dos subscritores da queixa, manifestou alguma reserva pelo facto de o assunto em conflito tratar-se nas instalações de uma das partes em conflito.
Alguns camponeses e outras autoridades tradicionais da Lunda Norte já se encontram em Cafunfo para deporem sobre os seus bens destruídos pelas empresas diamantíferas.
O mwanangana Mwakapenda Kamulemba desconfia que este processo venha a morrer na praia, mas deixou um alerta de que mais vale morrer do que ser humilhado.
O presidente do Movimento Protectorado Lunda Tchoikwe Zecamuxima disse que este processo só foi reaberto devido à polémica levantada nos últimos dias.
Ele diz esperar que o processo tenha pernas para andar e sublinhou a morte de muitas pessoas depois de terem perdido as suas terras.