Em Luanda, dois institutos médios, uma escola do ensino secundário e outra do ensino primário suspenderam as aulas devido aos desmaios dos alunos, causados por uma alegada inalação de substância, até ao momento não identificada.
O problema parece localizado ao complexo escolar do bairro Nova-Vida, pois ao longo da manhã de quarta-feira, a algumas centenas de metros, alunos dum conhecido colégio privado, no que parecia ser rotina, jogavam à bola.
Nesta altura, o grande desafio continua a ser a determinação, e com urgência, do suposto elemento químico inalado, questão que coloca sempre à prova a capacidade das autoridades de Luanda.
Os chineses, donos de empreendimentos no local, passaram a ser vistos com desconfianças, por eventual ruptura de uma conduta de gás.
Também vinham sendo acusados de culpados os camponeses que trabalham a terra à volta da escola; mas eles negam à reportagem da Voz da América, que seja o uso de fertilizantes químicos, a causa de intoxicação.
Num país de pouca cultura de informação, onde quase tudo é “segredo do Estado” pouco se tem conseguido saber em torno do estágio em que se encontram as investigações que tem vindo a ser conduzidas pela polícia local.
O resultado óbvio desde vazio, é precisamente a desencontrada opinião popular que vem preenchendo aquele vazio.
Lembro que desde finais do mês passado o acontecimento agitou o complexo escolar. Alunos do PUNIV - ensino pré-universitario, queixaram-se de dores de cabeça, tonturas e chegam mesmo a perder os sentidos.
Não houve vítimas mortais. Uma tentativa recente de reabertura do recinto então ensaiada, voltou a trazer o fantasma dos desmaios. A Direcção de Educação decidiu definitivamente suspender as aulas, no fim de Abril
Foi criada uma comissão técnica para, entre outros propósitos, encontrar saídas alternativas e sobretudo poupar os estudantes dos prejuízos académicos.