O organismo pan-continental, que conta com 55 Estados membros, vai realizar eleições na sua cimeira de fevereiro para escolher o sucessor de Moussa Faki Mahamat na presidência da Comissão da União Africana.
Este ano, o papel está reservado a um representante da África Oriental para substituir Faki, um veterano político do Chade que exerce o cargo desde 2017.
A União Africana emitiu um comunicado em que refere que os quatro candidatos são Mahamoud Ali Youssouf, do Djibuti, Raila Odinga, do Quénia, Richard Randriamandrato, de Madagáscar e Anil Gayan, das Maurícias.
Youssouf, de 58 anos, é Ministro dos Negócios Estrangeiros do pequeno, mas estratégico, país do Corno de África desde 2005.
O seu principal rival é o veterano líder da oposição queniana, Odinga, que, aos 79 anos, tentou e falhou cinco vezes a presidência, tendo, recentemente, perdido as eleições de 2022 para William Ruto.
Odinga passou os seus primeiros anos na política na prisão ou no exílio, lutando pela democracia durante o regime autocrático do Presidente Daniel arap Moi.
Gayan, 76 anos, foi ministro dos Negócios Estrangeiros da ilha Maurícia, no Oceano Índico, entre 1983 e 1986 e, novamente, entre 2000 e 2003, tendo desde então ocupado outros cargos, nomeadamente nos ministérios do Turismo e da Saúde.
Randriamandrato foi ministro dos Negócios Estrangeiros de Madagáscar entre março e outubro de 2022, mas foi demitido depois de ter votado nas Nações Unidas para condenar a anexação de quatro regiões ucranianas pela Rússia.
Madagáscar tem seguido uma posição não alinhada em relação à guerra na Ucrânia.
A eleição é efetuada por voto secreto e o vencedor deve obter uma maioria de dois terços dos votos entre os Estados membros elegíveis.
O presidente da comissão da UA - efetivamente o chefe executivo do organismo - tem um mandato de quatro anos, renovável uma vez.