O Presidente americano disse nesta quinta-feira, 13, em Helsinquia, na Finlância, que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, "já perdeu a guerra" na Ucrânia, e que acredita que Moscovo vai negociar ante a contra-ofensiva ucraniana.
"Ele poderia acabar com a guerra amanhã, ele só teria que dizer 'eu desisto'", sublinhou Joe Biden, para quem não há como ele vencer a guerra na Ucrânia... Ele já a perdeu".
Numa conferência de imprensa com o Presidente finlandês Sauli Niinisto, Biden apontou a falta de recursos e as dificuldades económicas da Rússia.
Apesar da falta de progresso na contra-ofensiva ucraniana na frente de combate, o Presidente americano disse estar convencido de que essa realidade levará a um pedido de negociações da Rússia.
Ainda na conferência de imprensa, e diante da deceção demonstrada pelo Presidente ucraniano Zelensky por não ter um cronograma preciso para a adesão do seu país à NATO, na cimeira da Aliança Atlântica que teminou ontem em Vilnius, Joe Biden reiterou a promessa americana da adesão de Kyiv.
"A questão não é se eles devem ou não aderir à NATO, (mas) quando podem aderir, e irão aderir à NATO", reafirmou.
Nato “fortalecida”
Joe Biden terminou a viagem à Europa com uma declaração de apoio à NATO, em que procurou acalmar os temores europeus de que uma mudança na administração dos EUA significaria uma incerteza quanto aos laços de Washington com seus aliados transatlânticos.
“Eu absolutamente garanto a vocês. Não há dúvida”, disse ele durante na conferência de imprensa, na qual reiterou que “vamos nos manter conetados à NATO, do começo, meio e fim, somos uma parceria transatlântica".
Biden reiterou o “apoio esmagador” de ambos os partidos no Congresso americano “apesar do fato de haver alguns elementos extremos de um partido”.
“O povo americano sabe, desde o fim da Segunda Guerra Mundial e da formação da NATO, que a nossa segurança reside na unanimidade entre os parceiros europeus e transatlânticos, nós”, continuou Joe Biden, quem afirmou ainda que as garantias de unidade transatlântica contra o Presidente russo, Vladimir Putin, apresentam um tom marcadamente diferente da última vez que um líder americano falou no palácio presidencial finlandês.
Há cinco anos, numa data como esta, o então Presidente Donald Trump encontrou-se com Putin e, numa repreensão impressionante à avaliação das suas próprias agências de inteligência, ficou do lado de Putin sobre se o Kremlin interferiu nas eleições de 2016 nos EUA.
Compromisso para a Finlândia, Ucrânia
No final da cimeira da NATO, Biden garantiu ao seu homólogo finlandês que o compromisso da Aliança com seu 31º e mais novo membro é “sólido como uma rocha”.