Publicitário brasileiro do MPLA e do PT com ordem de prisão

Polícia Federal brasileiro investiga se João Santana terá sido pago através de paraísos fiscais.

O publicitário brasileiro João Santana, que trabalhou nas campanhas de reeleição do antigo Presidente brasileiro Lula da Silva, da Presidente Dilma Roussef e do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, recebeu uma ordem de prisão nesta segunda-feira, 22.

A Polícia Federal brasileira tem mandados também contra a empresa Odebrecht, considerada uma dos pivots da operação Lava Jato.

Entretanto, João Santana não foi ainda detido por se encontrar fora do Brasil.

João Santana

A Polícia Federal acredita que parte ou todo o pagamento pelo trabalho de Santana e da sua empresa Pólis em Angola poderá ter sido feito através de paraísos fiscais.

Na altura, informações oficiais revelaram que a campanha de José Eduardo dos Santos e do MPLA custou 20 milhões de dólares

Dados tornados públicos no início da operação Lava Jato pela polícia indicavam que o publicitário estava a ser investigado por ter alegadamente recebido 1,75 milhões de dólares no câmbio actual em paraísos fiscais.

A empresa Odebrecht, cujo presidente Marcelo Odebrecht está detido, terá feito os pagamentos, de acordo com os investigadores.

"O foco das investigações desta fase é o cumprimento de medidas cautelares... relacionadas a três grupos: um grupo empresarial responsável por pagamento de vantagens ilícitas, um operador de luvas no âmbito da Petrobras e um grupo recebedor, cuja participação fora confirmada com o recebimento de valores já identificados no exterior em valores que ultrapassam sete milhões de dólares", disse a Polícia Federal em nota enviada à imprensa nesta segunda-feira,

A TV Globo mostrou imagens de carros e agentes da Polícia Federal no prédio da Odebrecht em São Paulo.

A nova fase da Lava Jato foi denominada "Acarajé", em referência ao termo utilizado por alguns investigados para denominar dinheiro em espécie, de acordo com os investigadores.