As autoridades moçambicanas dizem que anualmente gastam milhões de meticais no pagamento de pensionistas fantasmas, e para acabar com isso promovem, desde hoje, 16, uma campanha de prova de vida.
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A prova de vida está a ser levada a cabo pelo Instituto Nacional de Previdência Social, que pretende abranger 164 mil aposentados cadastrados, disse a Ministra da Administração Estatal, Carmelita Namashalua.
Os pensionistas deverão para tal apresentar os seus cartões de identificação tributária e bilhetes de identidade.
No ano passado, graças a um processo similar, disse Namashulua, o governo recuperou quatro mil milhões de meticais (pelo menos 65 milhões de dólares americanos).
“São esses fundos que depois ajudam a reforçar para que possamos construir mais escolas, mais hospitais, e comprar mais medicamentos”, disse a ministra.
Nesse ano, ao nível do Instituto Nacional de Segurança Social, 5.285 pensionistas não se apresentaram, tendo a sua pensão sido congelada.
Processo moroso
O sociólogo Carlos Serra foi um dos que responderam à chamada para a prova de vida e considera este processo vital, não só para os reformados, mas também para os cofres do Estado.
Mas Serra queixa-se sobre a morosidade no processo: "O que podia ter havido é uma informação prévia sobre a distribuição das brigadas".
Serra acrescenta que "é muita gente, penso que não é fácil gerir tanta gente, tanto quanto li no jornal notícias há cerca de 160 mil pensionistas e isso é muita gente em todo país".
A prova de vida biométrica decorre em todo o país e na diáspora até o dia 24 de Novembro próximo.