Lojistas e trabalhadores de fábricas entraram em greve no Irão no sábado, quando protestos a nível nacional provocados pela morte de Mahsa Amini entraram numa sexta semana, disseram activistas.
A morte de Amini de 22 anos, após a sua detenção por alegada violação do rigoroso código de vestuário feminino do Irão, alimentou os maiores protestos vistos na República islâmica durante anos.
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Jovens mulheres lideraram os protestos, removendo os seus lenços de cabeça, entoando slogans anti-governamentais e confrontando as forças de segurança nas ruas, apesar de uma repressão que grupos de direitos dizem ter morto pelo menos 122 pessoas.
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Activistas lançaram um apelo a novas manifestações quando a semana de trabalho iraniana começou no sábado, mas foi difícil avaliar imediatamente a adesão, devido às restrições no acesso à Internet.
"No sábado ... Estaremos juntas pela liberdade", disse a activista Atena Daemi num post no Twitter que trazia uma imagem de uma mulher descalça com o punho levantado no ar.
O canal das redes sociais 1500tasvir disse à AFP que houve "greves em algumas cidades, incluindo Sanandaj, Bukan e Saqez", mas acrescentou que era difícil ver provas delas online pois "a ligação à Internet é demasiado lenta".
Saqez, na província ocidental do Curdistão, é a cidade natal de Amini, onde a raiva se inflamou com o seu enterro no mês passado, ajudando a desencadear o movimento de protesto.
O grupo de direitos de Hengaw, sediado na Noruega, também disse que os comerciantes estavam em greve em Bukan, Sanandaj e Saqez, assim como em Marivan.