Cidadãos que viram as suas casa demolidas manifestaram-se, quinta-feira, em Luanda.
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Os residentes do bairro dos Imbondeiros, zona periférica do município de Cacuaco, deslocaram-se à administração para se manifestarem e impedir a destruição das suas residências.
Os residentes de "4 de Abril", por detrás da centralidade do Cacuaco, foram à Televisão Pública de Angola exigir a divulgação da situação que vivem. Raras vezes os órgãos de informação estatais cobrem as demolições que ocorrem regularmente por todo o país.
Maria Ferraz, uma das residentes, reconheceu que os habitantes ocupavam terrenos sem autorização, mas que isso se deve ao facto de não terem a possibilidade de ter casas condignas.
“Estamos aqui desde 2010, porque não termos onde ir,” disse.
Outros residentes contaram que uma senhora desalojada deu a luz ao relento.
A falta de políticas de atribuição de terras está por detrás dos desalojamentos.
Em 2009, as administrações municipais procederam à inscrição de pessoas que precisavam de terrenos para a construção de casas. Recolheram a milhares de cidadãos 2, 500kzs que correspondiam a 25 dólares.
Não foi atribuindo nenhum terreno e não houve reembolso do dinheiro.
A VOA contactou o administrador municipal do Cacuaco, Carlos Alberto Kavukila, que sem gravar entrevista, disse desconhecer qualquer acto de desalojamento na sua circunscrição.